SOBRE

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Sobre a Rede Memória OSB

Criada em 1940, quando a cidade do Rio era a capital do Brasil, a Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB) é um dos mais respeitados corpos orquestrais do país, tendo sido pioneira na difusão e democratização da música sinfônica. A OSB é também responsável por audições inéditas e promoção de compositores e instrumentistas que transformaram a cena musical brasileira, como Nelson Freire. Em 2021, a OSB foi registrada como patrimônio cultural imaterial da cidade do Rio de Janeiro por meio do Decreto Rio no 48727, de 09 de abril. Já em 10 de janeiro de 2022, o Estado do Rio de Janeiro declara a OSB como patrimônio cultural do estado, por força da lei no 9.544.

Neste mesmo ano, a Fundação Orquestra Sinfônica Brasileira (FOSB) procedeu aos estudos para a elaboração do Plano de Salvaguarda da OSB. Com participação da comunidade da OSB e seguindo as diretrizes do Programa Nacional do Patrimônio Imaterial (PNPI/IPHAN), o instrumento de gestão resultou em 31 medidas organizadas em quatro eixos de ação.

A Rede Memória OSB é a concretização de uma importante medida de salvaguarda da OSB, que previa o inventário do acervo histórico, artístico e documental da OSB e sua disponibilização para consulta pública. Com o compromisso de valorizar a contribuição histórica da OSB para o universo musical, para além da preservação documental, a FOSB iniciou, em 2023, a reestruturação do setor Acervo e Pesquisa.

O Acervo e Pesquisa é o setor da Fundação Orquestra Sinfônica Brasileira responsável pelo tratamento e guarda de fontes de dados e de informações da instituição. Para tanto, o setor realiza a gestão de seu acervo histórico e do arquivo documental, além do tratamento técnico e intelectual de dados e informações para subsidiar demais setores da FOSB e do atendimento a pesquisadores externos e sociedade em geral.

Para além do registro escrito dos atos institucionais, documentos informam um modo de comunicar: percepções estéticas, variações estilísticas da linguagem, padrões gráficos e mesmo de suporte material também informam sobre o contexto de um documento e de quem o emite, permitindo a análise e a recriação da memória institucional e coletiva.

A gestão de um acervo histórico implica, portanto, a preservação da memória material. Em se tratando de instituição reconhecida como patrimônio cultural, como é o caso da OSB, tal preservação reveste-se do compromisso para com a coletividade que o bem cultural representa. Assim, o acervo da FOSB transcende a função de informar sobre a instituição em si; é fonte de memória da sociedade que a reconhece como representante de sua cultura.

A preservação dos documentos históricos é parte da salvaguarda do próprio bem cultural. Como tal, a gestão do acervo enseja identificação, classificação e conservação adequada. O acervo deve, finalmente, ser acessível à comunidade, para que, a partir de sua consulta, produza conhecimento sobre o bem cultural, fortalecendo e valorizando o patrimônio cultural imaterial.

É, portanto, neste espírito de partilha e apoio à pesquisa, que lançamos a Rede Memória OSB, um sistema que disponibiliza à sociedade a consulta ao acervo de forma autônoma, e que oferecerá a outros conjuntos musicais um espaço em rede para a salvaguarda e publicidade de seus próprios acervos.